Taxa Selic e os leilões: qual a relação?
Leiloeiro da Milan Leilões explica como a taxa básica de juros pode influenciar no mercado de leilões
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulgou que a taxa básica de juros, a Selic, como é chamada, caiu para 12,75% ao ano. Essa taxa é usada para controlar a inflação e estimular ou desacelerar a economia. Quando o Banco Central reduz a taxa, isso geralmente indica uma tentativa de estimular o crescimento econômico.
Com a Selic em queda, há um aumento da demanda por empréstimos e financiamentos, já que as taxas de juros tendem a ser mais baixas, tornando essas opções de crédito mais atraentes para empresas e consumidores.
“As taxas de juros incentivam os consumidores a gastar em uma ampla gama de produtos e serviços, desde bens pessoais, como veículos e imóveis, até investimentos em ativos financeiros”, explica o leiloeiro da Milan Leilões, Ronaldo Milan.
A indústria também é diretamente impactada pela Selic. Com as taxas em baixa, as empresas têm acesso a financiamentos a preços mais vantajosos. Isso permite que elas expandam sua capacidade produtiva, busquem novos equipamentos e máquinas para impulsionar o crescimento financeiro.
A relação com os leilões
Segundo Ronaldo Milan, a taxa Selic também desempenha um papel fundamental no mercado de leilões. O leilão é um sistema de oferta e procura, no qual bens são oferecidos para compra por aqueles que desejam vender.
“Quando a Selic está baixa, há uma maior demanda por ativos, já que as pessoas buscam alternativas de investimento mais rentáveis do que as opções tradicionais de poupança”, explicou o leiloeiro.
Portanto, é evidente que a taxa Selic exerce uma influência direta e significativa no processo de consumo, no desenvolvimento industrial e até mesmo nas dinâmicas do mercado de leilões.
Seja alta ou baixa, a Selic é um fator determinante que molda a relação entre oferta e procura na economia brasileira e, consequentemente, influencia os resultados econômicos como um todo.